Terminal Hidroviário de São Raimundo será entregue oficialmente na próxima segunda-feira

O novo terminal hidroviário de São Raimundo passa a dispor de um moderno prédio administrativo, com 800 metros quadrados distribuídos em três andares, onde também funcionará um minishoppping com dez lojas na parte interna do prédio – em dois andares diferentes – e mais 15 quiosques na lateral.

No mesmo prédio, construído em alvenaria e estrutura metálica, está situado o escritório da Sociedade Nacional de Portos e Hidrovias – SNPH, onde será feita a recepção dos usuários do terminal, além de uma sala para a Policia Militar e um dormitório com capacidade para abrigar dez pessoas, destinado ao pessoal do SNPH, que presta serviço à noite.

O complexo também dispõe de uma estrutura em alvenaria para a recepção e controle de veículos que saem de Manaus em direção ao Iranduba, Novo Airão e Manacapuru, dividido em partes distintas, sendo uma para carros de passeio e outra para ônibus e caminhões, ou seja, para veículos pesados. Para entrar no terminal os condutores de veículos se utilizam desta estruturas, situada no lado direito. A saída é feita pelo lado esquerdo.

Mais abaixo está situado o prédio do escritório da Secretaria de Estado da Fazenda – SEFAZ, que faz o controle de entrada e saída de mercadorias da capital. Ao lado deste está situado o estacionamento da cooperativa de táxis que atua no local, e que também dispõe de um boxe destinado ao conforto e à aparelhagem de rádio. O local disponibiliza dois estacionamentos, sendo um deles destinados aos funcionários do terminal.

Acessibilidade – A entrada e saída de carros e a movimentação dentro do novo Terminal Hidroviário de São Raimundo é facilitado através de vias denominadas ramos. Assim, o Ramo 100 oferece acesso às balsas e ao estacionamento dos táxis; o Ramo 200 leva até o prédio principal, da Administração e ao estacionamento interno; e o Ramo 300 permite a saída do complexo, pelo lado esquerdo, onde estão situados os quiosques. Nesta área, inclusive, foi construída uma escadaria com 120 metros de extensão, com estrutura metálica e madeira naval. Denominada deck de madeira, a escadaria permite a entrada e saída dos usuários do terminal diretamente até a balsa ou dela até a rua. Na parte frontal foram colocados 960 metros lineares de defensas metálicas, do tipo guard-rail,  para garantir a segurança do prédio e de seus usuários.

Rampas – a rampa de chegada das balsas tem 65 metros de largura e foi construída na menor vazante registrada no rio Negro, utilizando tecnologia própria, com secadeiras, de modo a garantir que não haja nenhum problema futuramente no local quanto à atracação das balsas, na hipótese de um novo período de vazante extrema. Ao todo serão seis rampas, sendo quatro operando diuturnamente e duas em stand by na estrutura do retroporto.

Obras – O Terminal Hidroviário de São Raimundo recebeu serviços de terraplenagem, com regularização do talude e construção de um sistema viário, a ser oferecido aos usuários daquele terminal hidroviário; regularização e pavimentação, drenagem de águas pluviais e residuais, remoções e retiradas de materiais inservíveis, construção de um terminal de passageiros dentro das exigências que uma cidade como Manaus.

Além disso, foram construídas instalações hidro-sanitárias, caixa d’água e cisterna elevada com capacidade para armazenar 20 mil litros, instalações elétricas, construção de porto flutuante com capacidade para operação de varias balsas, urbanização e construção de áreas comercial de pequeno porte, contenção do talude com murro em concreto.

O Porto de São Raimundo foi transformado em um grande terminal de passageiros, com direito a estacionamento, área para recepção e atendimento, boxes para comercialização de artesanato e comidas regionais, além de um atracadouro dimensionado para receber ferry-boats e barcos regionais.

Por decisão do Governo do Estado do Amazonas, as obras navais, o porto propriamente dito, tiveram o desenho reformulado, de modo a melhor atender às exigências operacionais, mesmo em se levando em conta que após a inauguração da ponte o fluxo será reduzido drasticamente. Mesmo assim, o governador Eduardo Braga determinou o redimensionamento da balsa de atracação, aumentando sua capacidade para o recebimento de balsas e de barcos de menor porte.  

Dados econômicos – A prorrogação da Zona Franca de Manaus, para o ano de 2023, aliada a implantação do gasoduto Coari-Manaus, já implantado, propiciando em pouco tempo uma demanda de energia maior e mais barata, aliada a políticas do governo voltadas para uma melhor distribuição das riquezas, como o o Projeto Estadual denominado Zona Franca Verde, responsável pelo desenvolvimento sustentável do interior do estado sem agressão ao meio ambiente, oferece um cenário cada vez mais otimista para o Amazonas.

Esses fatores permitem ao Governo do Estado do Amazonas prever, para os próximos anos, um estado rico e prospero, aliado a tecnologia de ponta do Pólo Industrial de Manaus, a exploração de recursos naturais como: o Eco-Turismo, o petróleo, gás natural, minérios, recursos da fauna e da flora, rica biodiversidade que representa quase 70% das reservas mundiais. É com fundamento nessa visão otimista que o estado determinou a construção do Terminal Hidroviário de São Raimundo em Manaus, que irá transportar o progresso econômico para a população dos municípios de Iranduba, Novo Ayrão, Manacapuru, Anori, Anamã, Caapiranga, Beruri.

Vale aqui ressaltar que pelo menos 20.000 veículos/mês e aproximadamente 170.000 pessoas residentes em Municípios próximos a Manaus, que por meio dessas balsas, atravessam o Rio Negro utilizando o Porto de São Raimundo, com destino a Manaus e retorno aos Municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Ayrão, além de ser uma alternativa mais rápida para os Municípios de Anamã, Anori, Beruri e Caapiranga.