Orlas no interior recebem obras de recuperação

O Governo do Amazonas realiza, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), obras de recuperação e revitalização das orlas dos municípios do interior do estado. Portão de entrada da grande maioria destes municípios, suas orlas sofrem a degradação constante provocada pelas fortes correntezas dos rios amazônicos e do fenômeno conhecido como terras caídas.
Para reduzir os danos ocasionados por este fenômeno, o Governo do Amazonas concluiu em 2016 as obras de recuperação das orlas dos municípios de Boca do Acre, com 217,20m de extensão, Guajará (380,00m), Humaitá (298,00m) e Manacapuru (81,40m) que compunham um pacote de quatro orlas.
Foram concluídas ainda as obras de contenção de processos erosivos graves nas orlas de Boca do Acre (2ª etapa – 390,60m), Canutama (280,00m), Carauari (320,00m), Itacoatiara (426,95m) e Nhamundá (178,50m), que compõe um pacote de 20 orlas. As orlas de Careiro da Várzea (155,00m), Manicoré (300,00m) e Pauini (120,00m) deverão entrar em fase de conclusão no primeiro semestre de 2017.
A realização dessas obras está sujeita às peculiaridades climáticas da região amazônica. O ciclo das águas se apresenta como limitador para o alcance do objetivo inicial, vez que o período de execução das obras fica restrito ao curto limite compreendido entre os fenômenos de cheia e vazante dos rios.
Além dos municípios mencionados, está prevista a conclusão, em 2017, das orlas dos municípios de Anamã, Anori, Barreirinha, Benjamin Constant, Eirunepé, Guajará (2ª etapa), Humaitá (2ª etapa), Ipixuna, Nova Olinda do Norte, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá e Tonantins, que completam o pacote de 20 orlas já mencionado.
A Secretaria de Infraestrutura está propondo junto ao Ministério da Integração a ampliação deste pacote de orlas, de acordo com a necessidade de cada projeto, visando melhorar ainda mais a estabilização das margens.
O solo das margens dos rios é constituído, basicamente, de material com baixa capacidade de suporte. O período cíclico de cheia e vazante dos rios provoca um fenômeno conhecido popularmente como “terras caídas”, que consiste no escorregamento dos maciços terrosos situados às margens dos rios.
O engenheiro Roberto Palmeira, do Departamento de Obras Especiais da Seinfra, informa que “o processo de revitalização das orlas consiste na retirada do material imprestável, de baixa capacidade de suporte, e a recomposição do aterro reforçado com geogrelha, material drenante e proteção mecânica da superfície com geocélula e concreto”.

ASCOM/SEINFRA