Governo do Estado recupera orlas no interior
O Governo do Amazonas continua trabalhando no interior do estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), na realização de obras de recuperação e revitalização das orlas dos municípios afetados pelo fenômeno das terras caídas. Agora, prepara-se para entregar os serviços de engenharia de contenção dos processos erosivos graves e de recuperação da orla do município de Nhamundá, onde foram investidos mais de R$ 8 milhões.
As obras de revitalização das orlas dos municípios do Amazonas foram retomadas no primeiro semestre deste ano com os serviços de engenharia para a contenção revitalização dos processos erosivos graves do Careiro da Várzea e de Pauiní.
Além dos municípios mencionados, está prevista a conclusão, em 2017, das orlas dos municípios de Anamã, Guajará, Benjamin Constant, Eirunepé, Manicoré, Nova Olinda do Norte, Pauiní e Tonantins.
A recuperação das orlas dos municípios de Anori, Barreirinha, Humaitá, Ipixuna e Santo Antônio do Içá estão sendo retomadas.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura está propondo junto ao Ministério da Integração a ampliação desse pacote de orlas, de acordo com a necessidade de cada projeto, vidando melhorar ainda mais a estabilização das margens.
“A paralisação temporária dessas obras ocorreu pela falta de repasse do recurso pelo Ministério das Cidades. A Seinfra está realizando uma reprogramação para atender os municípios do Amazonas”, esclarece o secretário de Infraestrutura do Estado, Amérco Gorayeb Junior.
A realização desses serviços também está sujeita às peculiaridades climáticas da região amazônica. O ciclo das águas se apresenta como limitador para o alcance do objetivo inicial, vez que o período de execução das obras fica restrito ao curto limite compreendido entre os fenômenos de cheia e vazante dos rios.
O engenheiro Roberto Palmeira, do Departamento de Obras Especiais da Seinfra, informa que “o processo erosivo se dá em razão do tipo de solo das margens dos rios, que é constituído basicamente de material com baixa capacidade de suporte. O período cíclico da cheia e vazante dos rios provoca um fenômeno conhecido popularmente como “terras caídas”, que consiste no escorregamento dos maciços terroso situados às margens dos rios”.
“O processo de revitalização das orlas é realizado através da retirada do material imprestável, de baixa capacidade de suporte, e a recomposição do aterro reforçado com geogrelha, material drenante e proteção mecânica da superfície com geocélula e concreto”, explica Roberto Palmeira.
Orlas concluídas – Em 2015 foram concluídas as obras da segunda etapa da orla de Boca do Acre, com 217,2 m: a primeira etapa da orla de Guajará, com 380 m; a primeira etapa de Humaitá, com 298 m; e a de Manacapuru, 81,4 m.
Em 2016 foram finalizadas as obras de contenção de processos erosivos graves nas orlas de Boca do Acre. Com 390,6 m; Canutama, com 280 m; Carauari, com 320 m; Itacoatiara, com 426,95 m; e Nhamundá, com 178,5 m.
Estão em fase de conclusão as orlas do Careiro da Várzea, com 155,00 m; Manicoré, com 300,00 m; e Pauini, com 120,00 m. A previsão de entrega dessas obras é para o segundo semestre de 2017.