Governo do Estado recupera orlas no interior
O Governo do Amazonas continua trabalhando no interior do estado, por intermédio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), na realização de obras de recuperação das orlas dos municípios afetados pelo fenômeno das terras caídas. Agora mesmo, prepara-se para entregar os serviços de engenharia de contenção dos processos erosivos graves e de recuperação da orla do município de Nhamundá, onde foram investidos R$ 8.8 milhões.
As obras de revitalização das orlas dos municípios do interior do estado serão retomadas pelo Governo do Amazonas ainda neste primeiro semestre deste ano com os serviços de engenharia para a contenção e revitalização dos processos erosivos graves do Careiro da Várzea, Manicoré e Pauiní.
Além dos municípios acima mencionados está prevista a conclusão, em 2017, das orlas dos municípios de Anamã, Guajará, Benjamin Constant, Eirunepé, Manicoré, Nova Olinda do Norte e Tonantins, que deverão ser entregues em dezembro de 2017.
As obras de recuperação das orlas dos municípios de Anori, Barreirinha, Humaitá, Ipixuna e Santo Antônio do Içá estão sendo retomadas.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura está propondo junto ao Ministério da Integração a ampliação deste pacote de orlas, de acordo com a necessidade de cada projeto, visando melhorar ainda mais a estabilização das margens.
“A paralização temporária dessas obras ocorreu pela falta de repasse do recurso pelo Ministério das Cidades. A Seinfra está realizando uma reprogramação para atender os municípios do Amazonas”, esclarece o secretário de Infraestrutura do Estado, Américo Gorayeb Junior.
A realização dessas obras também está sujeita às peculiaridades climáticas da região amazônica. O ciclo das águas se apresenta como limitador para o alcance do objetivo inicial, vez que o período de execução das obras fica restrito ao curto limite compreendido entre os fenômenos de cheia e vazante dos rios.
O engenheiro civil Roberto Palmeira, da Seinfra, informa que o processo erosivo se dá em razão do tipo de solo das margens dos rios, que é constituído, basicamente, de material com baixa capacidade de suporte. O período cíclico de cheia e vazante dos rios provoca um fenômeno conhecido popularmente como ‘terras caídas’, que é o escorregamento dos maciços terrosos situados às margens dos rios.
“O processo de revitalização das orlas consiste na retirada do material imprestável, de baixa capacidade de suporte, e a recomposição do aterro reforçado com geogrelha, material drenante e proteção mecânica da superfície com geocélula e concreto”, explica o engenheiro Roberto Palmeira.
Orlas concluídas:
Em 2015 foram concluídas as obras da segunda etapa da orla de Boca do Acre, com 217,20m; da primeira etapa da orla de Guajará, com 380,00m; Humaitá, com 298,00m – 1ª etapa; e de Manacapuru, com 81,40m.
Em 2016 foram finalizadas as obras de contenção de processos erosivos graves nas orlas de Boca do Acre (3ª etapa – com 390,60m; Canutama, com 280,00m; Carauari, com 320,00m; Itacoatiara, com 426,95m; e Nhamundá, com 178,50m.
Estão em fase de conclusão com previsão de entrega neste primeiro semestre de 2017 as orlas do Careiro da Várzea, com 155,00m; Manicoré, com 300,00m; e Pauini, com 120,00m.