Avança colocação da fachada da Arena da Amazônia

Avança colocação da fachada da Arena da Amazônia
A fachada da Arena da Amazônia, em formato de cesto, já começa a tomar forma com a colocação das primeiras peças vindas de Portugal, produzidas pela empresa Martifer. Cada uma das peças, com 20m de comprimento, pesa cem toneladas e sua colocação exige a presença de mão de obra qualificada, além da utilização de um guindaste com capacidade para levantar 700 toneladas, todo computadorizado; e duas plataformas elevadas motorizadas. A Martifer trabalha com 140 homens entre engenheiros, técnicos e operadores na colocação das peças, em formato de Xis.
A Secretária de Estado de Infraestrutura, Waldívia Alencar informou nesta quarta-feira (26/06) que 21% da estrutura metálica destinada à fachada e à cobertura da Arena da Amazônia, já está no canteiro da obra e o restante está sendo enviado pelo fabricante para Manaus.
Na última sexta-feira, dia 21 de junho, saiu o segundo embarque com o qual se completa 65% do material. Um terceiro carregamento completará os 100% das peças encomendadas.

Sobre a colocação da estrutura metálica da fachada da Arena, a Secretária de Estado de Infraestrutura, engenheira Waldívia Alencar, explicou que o processo de colocação e soldagem das peças é feito por etapas e todas as ações são calculadas e realizadas de forma minuciosa para garantir a qualidade do serviço.
Quem passa pela Avenida Constantino Néry em frente à Arena pode visualizar a estrutura tomando forma. As peças são colocadas de forma espaçada. Primeiramente duas estruturas primárias; e depois uma no meio denominada secundária. Os eixos primários são lançados completos, ou seja, dois ‘xis’ e mais a viga superior de compressão. O secundário – o do meio – não tem a viga de compressão, que é colocada e soldada posteriormente.
Ainda nesta semana, de acordo com a empresa responsável pela colocação da estrutura, terá início, também, a instalação da cobertura, cujas peças têm o dobro do tamanho das que estão sendo colocadas na fachada, ou seja, 40 metros de comprimento. Mas enquanto as peças da fachada pesam cem toneladas, os da cobertura (mesmo tendo o dobro do tamanho) pesam entre 105 a 110 toneladas dependendo da posição em que elas serão colocadas.
“Para se ter uma ideia do grau de dificuldade do empreendimento, basta dizer que a colocação de apenas uma peça pode levar um dia inteiro, porque é um trabalho milimétrico”, explicou a secretária Waldívia Alencar. Segundo ela informou, a questão da segurança é de primordial importância nessa operação. Ela explicou que caso os sensores do guindaste confirmem que a velocidade do vento supera os 50km/h, por medida de segurança a operação é suspensa no mesmo instante.
Preparação das peças – Apesar dessa aparente lentidão, todo o processo estará concluído em dezembro próximo, garantiram os técnicos da Martifer. Até outubro próximo estará finalizada a colocação da fachada, que está sendo feita em duas direções (Norte/Sul e Sul/Norte), sendo alimentada por duas ‘fábricas’ que fazem a soldagem das peças – que vêm soltas de Portugal – e as distribuem para os dois guindastes em operação. No momento apenas um está em atividade.
As duas áreas de solda e montagem das peças, chamadas pelos técnicos de “fabricas”, trabalham na preparação das estruturas da fachada e da cobertura. Diariamente são montadas quatro estruturas diferentes cada uma delas com peso variando entre 50 e 110 toneladas.
As equipes também trabalham na montagem de 32 torres de apoio, que serão colocadas nas arquibancadas superiores e que servirão de apoio para a cobertura. Em cada torre será afixado um macaco hidráulico que irá regular a altura e a estabilidade de cada peça montada sobre as torres.
Paralelamente à montagem da fachada e da cobertura, o consórcio responsável pela obra informou que já prepara a colocação da membrana externa que emprestará o aspecto de um cesto nativo da nossa região, e que será uma das características principais da Arena da Amazônia.
Com 62% da obra pronta, a construção da Arena da Amazônia emprega atualmente 1.400 homens, com pico de 1.800 funcionários no período de pico da obra. A Martifer, empresa portuguesa responsável pela construção da fachada e da cobertura da Arena, tem em sua folha no momento 140 trabalhadores. Esse número pode crescer ainda mais quando tiver início – nas próximas semanas – a colocação da membrana.
A Secretária Waldívia Alencar mostrou-se satisfeita com o ritmo dos trabalhos, tanto os de acabamento quanto os de colocação da fachada e da cobertura, que representam os 48% restantes da obra.