Aeroportos vão ter R$ 125 milhões em investimentos

 

Dez aeroportos de municípios do Amazonas (Parintins, Maués, Borba, Barcelos, Santa Izabel do Rio Negro, Manicoré, Lábrea, São Paulo de Olivença, Humaitá e Fonte Boa) que serão beneficiados com a ampliação e reforma, já estão com os projetos executivos prontos, elaborados pela Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara) e vão exigir recursos da ordem de R$ 125 milhões. Quatro deles já estão com obras em andamento e outros sete começam a ser reformados em 2010. As mudanças estão de acordo com as normas pedidas pela Agência Nacional de Aviação civil (ANAC), órgão fiscalizador dos aeroportos brasileiros.
            Desses onze aeroportos, quatro (Parintins, Maués, Barcelos e Santa Izabel do Rio Negro) já estão com as obras iniciadas e com previsão de término ainda neste ano e vão custar R$ 40 milhões em investimentos. “Desses aeroportos, o primeiro a ser entregue seré o de Parintins, pois foi reformado no ano passado e falta apenas alguns detalhes”, disse o secretário de Estado de Infra-Estrutura (SEINF), Orlando Mattos Junior. No caso específico de Parintins, o aeroporto receberá um carro de combate a incêndio, encomendado nos Estados Unidos, quesito essencial para a aterrissagem de aeronaves maiores, como boeings.
            O Ministério da Defesa liberou os recursos de acordo com as necessidades de cada um dos municípios que estão com as obras em execução. Para Parintins estão disponíveis aproximadamente R$ 2 milhões; para Maués, R$ 11,5 milhões; e para Santa Izabel do Rio Negro, R$ 12,8 milhões. A execução das adequações está sendo coordenada pela própria Comara, que também conta com empresas terceirizadas, comandada pelo coronel Silva Junior, coordenador no Amazonas.
            O número de municípios beneficiados com as reformas ainda neste ano pode aumentar, coma inclusão de Manicoré, caso o senador Jéferson Praia, do PDT, consiga a aprovação de emenda no Congresso Nacional, pedindo recursos de R$ 10 milhões para a recuperação de aeroportos no estado.
            O total de recursos a serem aplicados nas obras de engenharia, avaliados pela Comara, é de aproximadamente R$ 125 milhões e serão distribuídos da seguinte maneira: R$ 82,3 milhões para infraestrutura aeroportuária; R$ 30 milhões para a consdt6rução de aterros sanitários; R$ 6,9 milhões para a aquisição de carros de combate a incêndio; e o restante para o gerenciamento, fiscalização e aquisição de outros equipamentos de proteção individual para bombeiros de aeroportos, por exemplo.
 
Eduardo Gomes sob fiscalização
 
O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes poderá sofrer restrições, em determinados horários, caso mudanças não sejam feitas para diminuir a incidência de aves em áreas próximas às pistas.  Isso porque colisões de pássaros com aeronaves podem causar danos materiais e provocar acidentes. O aviso foi dado pela Agência nacional de Aviação Civil (ANAC) que se reuniu, na última quinta-feira, 16, com representantes do Governo do Amazonas, prefeitura municipal de Manaus, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgãos ambientais e o Ministério Público. 
O encontro foi necessário, segundo a ANAC, porque a Infraero já trabalha na solução do problema mas, muitas vezes, depende de ações das autoridades municipais e estaduais, responsáveis pela urbanização no entorno dos aeroportos. Dado o recado pela ANAC, outra reunião ocorrerá amanhã, às 9h, na sede da Infraero (Eduardo Gomes), para serem apresentadas as soluções. No Brasil, outros seis aeroportos também tiveram o mesmo tipo de reunião com a ANAC a respeito do perigo das aves: Salgado Filho (Porto Alegre-RS), Galeão (Rio de Janeiro-RJ), Cumbica (Guarulhos-SP), Juscelino Kubitschek (Brasília-DF), Val-de-Cans (Belém-PA) e Guararapes (Recife-PE).
 
 
 
      Problemas detectados e soluções apontadas pela ANAC:
 
 

Solução para a eliminação do perigo aviário, com a eliminação de lixões dentro das áreas de segurança aeroportuária e a construção de aterros sanitários em locais onde inexistam projetos implantados;

 
 

Recomposição de construção das cercas que limitamos aeroportos, que impeçam o acesso de animais na pista de pouso;

 
 

Solução para a deteriorização e defeitos nos pavimentos aeroportuários;

 
 

Serviços de sinalização horizontal;

 
 

Correção topográfica, rocagem e desobstrução de drenagem às margens da pista de pouso;

 
 

Desmatamento para eliminação de obstáculos na zona de proteção do aeródromo;

 
 

Construção de Seção de Combate a Incêndio em seis aeroportos;

 
 

Serviços de ampliação e reforma em terminais de passageiros.

 
 

Este material foi publicado no caderno Dia a Dia – A/6 – do jornal Amazonas   em Tempo da última terça-feira, dia 21 de abril. Silvio Lima – Equipe do Em Tempo