Governo do Estado recupera áreas de risco
O Governo do Estado do Amazonas tem atuado através da Secretaria de Estado de Infraestrutura – SEINF, na recuperação de áreas atingidas por processos erosivos em diversos pontos da capital, principalmente nas zonas Norte e Leste, de modo a evitar prejuízos materiais e até mesmo a perda de vidas em função do possível deslizamento de terras nos períodos chuvosos, seguindo recomendação do governador Omar Aziz, que demonstrou preocupação por conta das fortes chuvas que têm atingido Manaus.
O processo de erosão de encostas ocupadas de forma irregular põe em risco a integridade física de inúmeras famílias que constroem suas casas nestes locais.
O procedimento padrão para a recuperação de áreas atingidas pelo processo de erosão, segundo informou a secretária de Estado de Infraestrutura, Waldívia Alencar, consiste da remoção de material imprestável e troca de solo mole por material de primeira qualidade (barro) para o aterro; execução do corpo de aterro em camadas de 30 cm sucessivas, devidamente acompanhadas de ensaios laboratoriais; e implantação de drenos. A partir daí é feita a execução do sistema de drenagem de águas pluviais composto de caixas coletoras, rede profunda com diâmetros variados, canaletas em concreto e aparelhos para dissipação de energia, ou seja, da força da água.
A conformação dos aterros é feita geralmente sob a forma de múltiplas banquetas devidamente revestidas com grama em placas ou através de hidrossemeadura. Além disso, também é realizada a recuperação das vias atingidas em cada obra, envolvendo serviços de terraplanagem e pavimentação.
Dentre estas obras de combate a erosão, realizadas pelo Governo do Estado, destacam-se as da Estrada do Puraquequara; da Rua B – Conjunto Canaranas II ; da Rua 03 – Bairro da Fazendinha; da Rua Mastruz – Bairro João Paulo II; da Rua 07 de Abril – Bairro Zumbi; da Rua B1 – Conjunto Canaranas I; da Avenida do Turismo; da Rua Amor Crescido, na Comunidade João Paulo II, no Jorge Teixeira; na Avenida da Penetração, no Grande Vitória; na Rua Curitiba, no Grande Vitória; na Rua Criciúma, no Grande Vitória; na Rua L, no conjunto Ribeiro Junior; na Avenida A, na Comunidade Santa Inês, no Jorge Teixeira; na Rua Mirra, na Comunidade João Paulo II, no Jorge Teixeira; e ainda no Galiléia e no Manoa, além da Rua Campo Grande, no bairro Grande Vitória, dentre outras.
Formação de voçorocas – A voçoroca é formada pela combinação de processos erosivos superficiais e subsuperficiais e demonstram um desequilíbrio do ambiente. As causas são bem conhecidas: o desmatamento excessivo em volta de nascentes de rios e igarapés, a retirada da vegetação que recobre encostas de igarapés e de taludes de vales, a construção de casas nestas encostas; o direcionamento errado das águas pluviais e de águas servidas.
Como via de regra a recuperação da parte do terreno afetada não é feita de imediato, ela ficará exposta ao impacto direto da chuva e, também, às correntezas das chuvas passando por cima dela. Começa, então, a acontecer o fenômeno denominado erosão, que é o transporte do material terroso pelas águas.
Os vegetais, não importando seus tamanhos, têm raízes que funcionam com "presilhas" do solo; as árvores agem como "guarda-chuvas" do solo, e a vegetação em geral age como um redutor de velocidade das águas que correm no solo. No desmatamento, as "presilhas" ficam frágeis; sem a árvore, desaparece o "guarda-chuvas", possibilitando o impacto direto que "machuca" o terreno; já, sem a vegetação, principalmente a rasteira, a velocidade das águas fica aumentada sobre o terreno, possibilitando alastrar a "ferida" da terra.
Em outras palavras, vai havendo o arraste de material terroso e, com o tempo, a "ferida" do solo vai aumentando em profundidade e largura. Na zona urbana, além do material terroso ser levado para o leito dos rios e canais, ocasionando o assoreamento, e para as galerias de águas pluviais. Nas cidades, tanto o enchimento das calhas dos rios e canais, quanto o enchimento dos bueiros e tubulações de água pluviais, dificultarão o livre escoamento das águas de chuva e, com isso, ficará facilitado o processo das enchentes urbanas.
Ação na foz do igarapé 13 de maio – O Governo do Estado do Amazonas já está recuperando, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (SEINF), a erosão verificada nas margens do igarapé 13 de Maio, na Colônia Oliveira Machado, entre a Avenida Bento José de Lima e a foz do igarapé, já no rio Negro, e entre a feira da Panair e o Terminal Pesqueiro, construído pela Prefeitura Municipal de Manaus.
O trecho começou a apresentar deslocamento de material, por conta das fortes chuvas que têm atingido a capital amazonense, comprometendo a estabilidade do terreno, com a conseqüente erosão dos taludes em ambas as margens do igarapé.
As obras de recuperação do trecho atingido tiveram na última sexta-feira, em regime full time, de modo a terminar a obra antes que as águas do rio Negro impeçam qualquer tipo de atividade mo local em questão, segundo informou o Coordenador da UGP/SEINF, engenheiro Haliobalbi Martins. Segundo ele, tratores e retroescavadeiras foram deslocados para o local, para iniciar o trabalho de limpeza e revestimento do canal, de modo a acabar, de forma definitiva, com as erosões e deslocamentos de terra ali verificados. A idéia é promover a estabilidade do terreno de modo a garantir que não ocorra mais nenhum deslizamento.